Restrições da publicidade infantil na América do Sul

Análise comparativa a partir dos códigos de autorregulamentação

Palavras-chave: Autorregulamentação, América do Sul, úblico infantil, saúde pública

Resumo

A publicidade é tida pelos seus críticos como uma das principais vilãs da sociedade contemporânea. A maior parte dos males decorrentes do consumo desenfreado é atribuída a publicidade, pois é considerada a grande “promotora” e impulsionadora do consumo capitalista. As crianças são apontadas como um público frágil aos apelos publicitários por não possuírem um senso crítico formado e serem facilmente persuadidas.  Seus defensores, por sua vez, argumentam que a publicidade é uma realidade de uma sociedade da qual ela faz parte, e proibir a publicidade infantil seria tirar a autoridade dos pais sobre a decisão do que é melhor para seus filhos. A presente pesquisa, nesse sentido, teve como objetivo avaliar, por meio da análise de conteúdo (Bardin, 2011), a autorregulamentação publicitária voltada ao público infantil nos países da América do Sul que possuem um código de autorregulamentação publicitária (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai). Percebe-se que, de acordo com o contexto sul-americano e os Códigos Deontológicos analisados, o Brasil encontra-se em um estágio mais avançado na normatização da publicidade infantil sobre os demais. A Argentina, Chile e Colômbia encontram-se em um nível intermediário, Peru em um nível pré-intermediário e o Uruguai em um nível básico.  

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Publicado
2021-06-30
Como Citar
Oliveira Santana, D., Carriço Ferreira, R. M., & de Souza, J. (2021). Restrições da publicidade infantil na América do Sul: Análise comparativa a partir dos códigos de autorregulamentação. Austral Comunicación, 10(1), 277-299. https://doi.org/10.26422/aucom.2021.1001.oli
Seção
Artigos livres