O medievo informacional

Gatopardismo educativo na era da informação

  • Alejandro Artopoulos Universidad de San Andrés, Argentina
Palavras-chave: escola, sociedade, sociedade da informação, ensino, internet

Resumo

Em um contexto de forte desigualdade no acesso a sociedade da informação em regiões como América Latina, a escola se encontra frente a um dilema que põe em questão seu objeto e suas funções na sociedade. Como instituição produzida pela modernidade, a escola precisa adaptar seu currículo e suas metodologias para entrar na sociedade da informação da era pós-industrial. A rápida caducidade do conhecimento oferecida pela escola empurra os sujeitos a desenvolver seus talentos fora da instituição escolar, dado que o conhecimento é o insumo fundamental da revolução informacional atual. A nova dependência de América Latina está precisamente na impossibilidade cultural de formar a maior parte da povoação para o modelo de produção informacional, cuja pedra fundacional é a criação do computador e a aparição da internet. De outra parte, a aprendizagem na sociedade da informação deixa de ser um fenômeno somente cognitivo para adicionar uma dimensão social. As denominadas “comunidades de pratica”, pelo intercambio entre pares, fomentam o ensino-aprendizagem de conhecimentos informais surgidos das próprias experiências. A inclusão de tecnologia nas aulas atualmente se limita ao ensino de conteúdos tradicionais como uma forma de atrair mais crianças, sobre quem recai o mito dos nativos digitais que superdimensiona seu conhecimento real no uso daqueles dispositivos. A mudança que deve produzir-se na escola implica dois aspectos relacionados e entrelaçados: a conexão a internet na sala e a atualização (permanente) dos desenhos dos currículos, levando em conta que a única forma de obter os resultados esperados na aprendizagem dos alunos é com a supervisão do docente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Baum, G., Nemirovsky, A. & Sabelli N. (2008). La educación en ciencia y tecnología como derecho social en la economía del conocimiento. Revista de Trabajo 4 (5), p. 63-71.

Brunner, J. J. (2003). Educación e internet: ¿la próxima revolución? Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica.

Burbules, N. C. (2013). Los significados del “aprendizaje ubicuo”. Revista de Política Educativa, Buenos Aires, 4, p. 11-19.

Castells, M. (2003). Panorama de la era de la información en América Latina: ¿es sostenible la globalización?. En: Calderón, F. (coord.). ¿Es sostenible la globalización en América latina?: debates con Manuel Castells. Santiago de Chile: Fondo de Cultura Económica.

Chaiklin, S. & Lave, J. (comps.) (2001). Estudiar las prácticas: perspectivas sobre actividad y contexto. Buenos Aires: Amorrortu.

Constant II, E. W. (1987). The social locus of technological practice: community, system or organization?. En: Bijker, W. E., Hughes, T. P. & Pinch, T. (eds.) The social construction of technological systems: new directions in the sociology and history of technology. Cambridge: MIT Press.

Daly, A. J. (2010). Social network theory and educational change. Boston: Harvard Education Press.

Durkheim, E. (1981). Las reglas del método sociológico. Buenos Aires: La Pléyade.

Fenwick, T & Edwards R. (2010). Actornetwork theory in education. London: Routledge.

Fernández Enguita, M. (2013). El aprendizaje difuso y el declive de la institución escolar. Revista de la Asociación de Sociología de la Educación, 6 (2), p. 150167.

Frank, K. A.; Zhao, Y. & Borman, K. (2004). Social capital and the diffusion of innovations within organizations: the case of computer technology in schools. Sociology of Education, 77 (2), p. 148171.

Fullan, M. & Smith, G. (1999). Technology and the problem of change. Consultado el 10 de mayo de 2014 en su: http://www.michaelfullan.ca/media/13396041050.pdf

García Aretio, L. (2004 oct.).“Blended learning, ¿enseñanza y aprendizaje integrados? Boletín Electrónico de Noticias de Educación a Distancia (BENED). Consultado el 10 de mayo de 2014 en: http://www.academia.edu/2486382/Blended_Learning_ensenanza_y_aprendizaje_integrados

Kozak, D. (2010). Modelos y dispositivos de inclusión de TICs en escuelas. En su: Escuela y TICs: los caminos de la innovación. Buenos Aires: Lugar Editorial.

Latour, B. (1998). La tecnología es la sociedad hecha para que dure. En: Miquel Domènech, M. & Tirado F. J. (comps.). Sociología simétrica: ensayos sobre ciencia, tecnología y sociedad. Barcelona: Gedisa.

Lundvall, B.-Å. (ed.) (1992). National systems of innovation: towards a theory of innovation and interactive learning. London: Pinter.

Marcovitz, D. (2006). Changing schools with technology: what every school should know about innovation. En: Tettegah, S. Y. & Hunter, R. C. (eds.). Technology and education: issues in administration, policy, and applications in K12 schools. London: Elsevier.

Means, B. et al. (2003). Technology’s contribution to teaching and policy: efficiency, standardization, or transformation? Review of Research in Education, 27(1), p. 159-181.

Muller, J. (2000). Reclaiming knowledge: social theory, curriculum, and education policy. London: Routledge.

Pina, A. B. (2004 abr.). Blended learning: conceptos básicos. Pixel-Bit: revista de medios y educación, 23. Consultado el 10 de mayo de 2014 en: http://www.sav.us.es/pixelbit/pixelbit/articulos/n23/n23art/art2301.htm

SeelyBrown, J. (2000). Growing up: digital: how the web changes work, education, and the ways people learn. Change: the Magazine of Higher Learning 32 (2), p. 11-20.

Warschauer, M. (2003). Technology and social inclusion. Cambridge, MA.: MIT Press.

Weber, M. (1984). Economía y sociedad. México: Fondo de Cultura Económica.

Publicado
2014-07-29
Como Citar
Artopoulos, A. (2014). O medievo informacional: Gatopardismo educativo na era da informação. Austral Comunicación, 3(1), 111-131. https://doi.org/10.26422/aucom.2014.0301.art